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Ultrassonografia da tireoide

Vivemos uma verdadeira epidemia de nódulos tireoideanos. Isso tem ocorrido, principalmente, pela melhora dos métodos de imagem que são cada vez mais capazes de detectar pequenas lesões e também porque atualmente realizamos mais exames de rotina. A descoberta de um nódulo é com frequência motivo de apreensão para o paciente, que já passa imaginar na possibilidade desse nódulo ser um câncer. Porém, é importante saber que menos de 5% de todos os nódulos tireoideanos representam um câncer. Dessa forma, é muito importante uma avaliação especializada para saber quais nódulos terão que ser investigados com punção aspirativa do nódulo (uma espécie de biópsia) ou quais poderão ser apenas acompanhados com ultrassonografia. Nesse contexto, o ultrassom tem um papel crucial. Um ultrassom bem feito, por profissional experiente, ajuda muito o endocrinologista nessa escolha.  No ultrassom deve-se avaliar a localização do nódulo, seu tamanho e algumas características importantes. São elas: 

- composição: relata se o nódulo é sólido ou quase completamente sólido, se é cístico (conteúdo líquido), se é espongiforme (aspecto de enponja) ou se é misto (com conteúdo sólido e líquido).

- ecogenicidade: diz sobre o aspecto da “cor” do nódulo no ultrassom que pode ser anecoico,hipoecoico, isoecoico e hiperecoico. 

- forma :  se é mais amplo do que alto ou mais alto do que amplo

- margens: se aprenta margens lisas, mal definidas, lobuladas ou irregulares ou com extensão extratireoideana

- pontos ecogênicos: se ausente ou em cauda de cometa, macrocalcificações, calcificações anelares e microcalcificações 

Nessa avaliação, deve conter ainda, a pequisa de todas as cadeias cervicais na procura de possíveis linfonodos suspeitos (que são os principais lugares de metástase de câncer de tireoide). 

O ultrassom com Doppler colorido pode fornecer ainda informação de como é a vascularização desse nódulo e desses linfonodos. 

A capacidade técnica do ultrassografista de observar todas essas variáveis e descrevê-las adequadamente são determinantes sobre a decisão de se puncionar um nódulo ou não. 

O ultrassom também tem papel importante na avaliação das doenças auto-imunes da tireoide (hipotireoidismo e hipertireoidismo).  O aspecto do parênquima tireoideano no ultrassom e o tamanho da glândula ajudam a definir a causa da alteração hormonal detectada em exames de sangue.

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